A BNTS Consultoria Empresarial está publicando em seu perfil no Instagram uma série de conteúdos sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil. A iniciativa tem como objetivo trazer uma análise clara e acessível sobre os efeitos da medida no setor produtivo. Quem conduz a apresentação é Poliana Bentes, diretora da BNTS, especialista em relações institucionais e governamentais.
Entre os temas abordados, a consultoria destaca o impacto direto das tarifas sobre a economia do Pará, estado estratégico para a indústria de base mineral e para a pauta exportadora nacional. Um levantamento da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa) mostrou que, apesar de sete dos dez principais produtos exportados pelo estado aos EUA estarem isentos das novas tarifas, como a alumina calcinada, responsável por 32% das exportações, segmentos como sucos de frutas, madeiras tropicais e hidróxido de alumínio sofreram taxação integral. Na prática, a estimativa é de uma retração de R$ 403 milhões no PIB estadual em 2025.
A série também analisa a crescente disputa internacional em torno dos chamados minerais críticos, insumos essenciais para tecnologias limpas como baterias de veículos elétricos, painéis solares e semicondutores. O Brasil ocupa posição estratégica nesse tabuleiro: detém 90% das reservas conhecidas de nióbio no mundo, além de ser destaque em níquel, lítio e terras raras. O interesse dos EUA nessas reservas adiciona uma camada geopolítica à relação bilateral, reforçando a importância da Amazônia e do Pará nesse cenário.
Por fim, Poliana Bentes ressalta o papel da COP 30, que será realizada em Belém. Mais do que uma conferência climática, a cúpula é vista como espaço de disputas diplomáticas onde se cruzam interesses ambientais, econômicos e estratégicos. Para a diretora da BNTS, compreender esse contexto é fundamental para que empresas, gestores públicos e lideranças políticas consigam posicionar o Brasil — e especialmente a Amazônia — de forma protagonista nas negociações internacionais.